. - Ei, cara! Você me pediu esmola há pouco, na porta do banco. Tá aqui, bebendo cerveja numa boa - Eu?! Assim o senhor me ofende, professor. Por favor. - Como não?! Me lembro bem da sua cara, rapaz. Você é um falso pedinte, fingindo necessidade. E eu, bobo, coração mole ... você devia ser preso, safado. - Doutor, o senhor está me insultando. - Então, o que você me diz, canalha? O-que-vo-cê-me-diz? - Procure entender, autoridade. Eu sou ator. O senhor já viu o Herrison Ford... o senhor sabe quem é ... o Indiana Jones. O senhor acha que ele é arqueólogo? Ele é ator, excelência, e ganha milhões. De dólares, majestade ... fingindo. Eu finjo ser mendigo ... só isso. Não tenho direito a cachê, nem tenho produtor, diretor, essas coisas - ainda. Recebo a bilheteria diretamente. Sabe como é. Assobio e chupo cana. - Mas o Indiana Jones é do cinema. E você, seu pedinte de araque. - Sou ator de rua, doutor. Mambembe. - Bonito, rapaz ... você me enganou ... é isso. - Sou razoável, meu rei. Bonito