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Mostrando postagens de outubro, 2014

Jornalismo de mentira.

O jornalismo praticado pelos grandes veículos é tendencioso, sim. Um fato simples: vi entrevistados septuagenários e octogenários, alguns arrastando-se, fazendo questão de votar, mas não vi, na televisão ou no rádio, um eleitor sequer, que se recuse a votar, sendo mostrado, com seu arrazoado. Um programa concebido para reportar uma faceta da sociedade mostra somente aquela. Se é crime, mostra, repete, massacra-nos a sensibilidade, pragueja, desqualifica, julga o acusado. E, para ressaltar a desqualificação desse, bota acima a vítima.  Na eleição, fica a impressão de reinar absoluta a nossa brasilidade; de que não há sequer um brasileiro inconformado com o quê ou como está acontecendo. Sabemos que não é assim. Significa que, ao pautar a matéria, o chefe diz: traga-me matéria contra – aquilo que ele quer provar ser ruim e traga-me muitas opiniões favoráveis – se ele quer provar que é bom. Entro num posto de combustíveis e, como tenho o costume de sair do carro, conversar com que

Eu axo (*)

Xega um momento em que toda discórdia torna-se prejudicial. É necesária uma reflecsão sensata. Embora com a ditadura militar brasileira tenha cesado um período de instabilidade social, vindo um clima de seguransa para os brasileiros não politizados,  arrumaram a caza por um lado, mas a economia e a liberdade foram para o brejo. De volta, a democracia plena nos  trouse a crescente ordem jurídica, com a constituição de 1988, e a economia entrou nos eixos uns anos depois, mas, com o atrazo em que nos encontrávamos o que tem a ser feito é uma enormidade. Oje , às vésperas da eleisão em segundo turno, necesitamos considerar bem os reclames, as circunstânsias e o potencial de solusão   de que dispomos. Falando de algumas necesidades fundamentais: Seguransa : atualmente, ese é um assunto global, mas que tem de ser tratado primeiramente no ambiente local – na quadra, na rua, no bairro, no prédio.  Para iso, é indispensável que o agresor , o trambiqueiro , o ladrão, o

Choveu. A cidade será outra, agora.

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Para realmente melhorarmos o Brasil

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Quem decide é o indeciso.

O voto obrigatório tem dado o que falar, embora pareça fogo de palha. Volta e meia alguém ergue a voz para dizer que vai propor o voto facultativo. Desconheço pesquisa sobre quem não votaria, se não fosse obrigado.  Quem não se decidiu em quem votar a 5 dias das eleições em segundo turno, talvez não devesse mesmo votar.  Se 89.5% dos eleitores estão conscientes e decididos, não são esses capazes de representar bem o eleitorado? Talvez a resposta seja um pronto e sonoro sim, mas não funciona dessa maneira. Primeiro pela obrigatoriedade praticamente universal do voto, consciente ou não, acertado ou não, responsável ou não.  Depois, porque os indecisos são hoje importantíssimos para as campanhas, mediante o empate técnico constatado nas pesquisas. Hoje uma eleitora disse a mim que prefere os debates acalorados. O debate de ontem (19.10 – TV Record) não tem graça para ela.  Um não eleitor (cujo título está cancelado) disse-me que os ânimos acalmaram, mas a conversa não mudou.  Um terc

O que será que vai dar.

Muitas pessoas com quem tenho conversado estão em crescente perplexidade, diante dos fatos políticos recentes e da expectativa de outros ainda mais graves previstos para esta semana. O debate que deveria focar o pensamento de estadistas no proveito do que se pretende com uma eleição para presidente ganhou cara de batalha campal entre pessoas sem o menor interesse coletivo. Há 40 anos, morador de B.H., voltando do Colégio Batista, passava eu a pé pelas proximidades da Praça da Estação quando assisti a uma cena que os debates políticos me fizeram lembrar: duas prostitutas brigavam aos gritos, uma de cada lado da rua. Agressiva, uma delas bradando impropérios deu a motivação da briga: homem, freguês, fonte de renda e de importância. Ouvi ontem, 60 anos após o golpe militar, num vídeo reportagem uma senhora dizer “o que eles querem? Uma nova intervenção militar?”. Preocupou-me a frase aparentemente inobjetiva, dita no palco da batalha de acusações e desqualificações que os grupos