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Mostrando postagens de maio, 2009
BRASÍLIA x PARIS
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Comparar cidades nem sempre é pouco auspicioso. Cada metrópole, cidade ou lugarejo tem características peculiares, é verdade. Mas fiquei orgulhoso, como brasiliense de coração, ao ouvir uma comparação, dias atrás. Numa noite de autógrafos no espaço Assis Chateaubriand, no Correio Braziliense, falávamos sobre o aumento do número de salas de espetáculo teatral e de muitos outros espaços destinados à arte, à cultura e ao entretenimento. “Brasília está se tornando uma nova Paris”, disse-me o meu amigo Heitor (o craque do teatro do improviso. Não, não ... do imprevisto). Pensei nisso. Paris é uma cidade luz num amplíssimo sentido, mas o é principalmente no sentido cultural. Brasília, capital do terceiro milênio, merece a comparação e, nisso, há um importante pormenor: Brasília é linda, fácil e acessível, com seu traçado urbanístico magistral e incomparável. E ha muitos espaços atualmente mal utilizados – característica da maturidade – quando a cidade alcança seus 50 bem vividos anos. A no
INTERPOETAR
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. Minha língua rala a roçar Tua língua rica e densa. Corações a arquejar Enricam nossa mente sana. Estamos nós nos nus Risos desavergonhados Sob (des)preconceituosa pele Em rima nossa vida pulsa. Versejando convalescemos. O verso do verso de noss’alma É termos essa outra ala. Bradamos por poético orgasmo Em cada verbo, em cada frase, Ou quadra, de amor impregnada. .
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. Visível, real, na multidão o vulto. Negros caracóis toldando o escopo, Encobrem o derredor dos ombros. Fito-o, o sobrolho me contrai, Focando em zoom a fugidia imagem. Esgueiro entre os transeuntes. Nem sons, nem cores. Arrepio, adrenalina corre, E a presa sente-se caçada Relaxo a gozar o lindo instante. Tentando achar perdida compostura, Ensaio dizer-lhe umas frases doces Mas quando faço pose de poeta, Se distancia num mover discreto, Deixando gosto estranho de até nunca. Tempo depois, desiludido aguço o olfato, No ar ainda paira o cheiro dela. Esse maluco desencontro mágico. .