Esperança
Dum vôo cadenciado,
Pousou a esperança
Nas costas do inverno,
Prenunciando doce primavera.
Galhos infirmes.
Folhas mortas maceradas.
Sobre o solo frio, suave, serenou.
Persistente, inda mais serenou.
Alma dorida sob a massa putrefata.
Desperta, a semente revive.
Clareiras aurifulgentes.
Milhões de gotículas irisadas.
E ela, esplendorosa,
Amável consciente.
Sedutora inconsciente.
Ausente motivará constante chorumela.
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