Liberdade

Paixões por eclodir na puberdade,
Ilusões em mente, na mocidade.
Aos trinta, a razão e a vaidade.
Tanta desilusão na outra idade!

Mergulhando fundo na paixão
Mantendo a razão a pulso firme,
Degustam-se os alfenins da ilusão.
A liberdade é do amor a sanidade!

Seja assim toda a vida um canto.
Que nos faça a juventude longa.
E a maturidade, da velhice o manto.

Fugir da culpa, ao desejo atento
Pousar sobre a silhueta da vida,
Ao crepúsculo, um olhar de alento.

Comentários

Anônimo disse…
Lindo poema. Reflexivo, intenso, preciso.

"... Ilusões em mente, na mocidade...".

Doces ilusões perdidas... Resta um olhar de alento.

Abraço, poeta!
Anônimo disse…
Há tempos eu não me deparava com um poema tão lindo.Um soneto é sempre um soneto... e que belo soneto! Digno de uma alma tão bela.
Miryam Reis

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