Autoanálise
Também eu sou muitos. E aceito que eu seja tantos. Vivo todas as minhas máscaras, Uso todas as minhas vidas. Sou um ao viajar no amor. Transformo-me se sou flagrado. Ocultando segredos, não sou Revelando meus medos, quem sou? Besta se estou apaixonado, Louco, se meu dedão é pisado, Trêmulo diante do delegado, Divino, vendo o corpo dela delgado. Se o cruzeiro vence, sou um. Sou outro, se a raposa papa o galo. Não tenho duas personalidades. Seriam muito poucas pra mim. Sétimo de João