A manifestação popular ocorrida hoje, em todo o Brasil, contrária ao governo, na verdade não foi para se opor ao governo, exclusivamente. Mesmo sem termos consciência disso, há uma série de ingredientes nessa salada que é chamada governo e os que são alvos dos protestos o são com provável justiça, mas além de o serem, simbolizam o verdadeiro alvo dos protestos. Falo de um alvo muito mais abrangente, que são as instituições brasileiras de todos os níveis e finalidades. A própria nação brasileira, vê-se que não foi satisfatoriamente bem instituída. O Estado brasileiro, se olhado a partir dos resultados que apesenta àqueles que por ele são representados e da relação direito x dever daqueles que o operam igualmente deixa a desejar, fruto de sua concepção como instituição. Mas nos atenhamos a algo fundamental para o acerto ou o desacerto da nossa existência, sob todos os aspectos, dentro dos limites territoriais brasileiros e na nossa relação com o mundo. Falo das noss...
Fui apanhado por um sentimento de inquietude. Embora os saraus sejam alegres e aconchegantes, negam à poesia e ao poeta o merecido destaque. Uma cidade de tamanha visibilidade, Brasilia podia tornar-se uma exposição viva de poesia. Caminhando pelo Parque Olhos D'agua, na Asa Norte de Brasilia, vi o ambiente perfeito. Propuz a implantação de uma exposição permanente de poesia. A aceitação foi surpreendentemente pronta. Lancei-me ao trabalho e, uns quarenta dias depois, inaugurei o projeto piloto no aniversário do parque (setembro/2009). Eu já não estava só. Contava com a parceria do amigo jornalista e artista plástico Marinaldo Serejo e com o apoio do poeta e compositor João Feijão, superintendente da Fecomércio-DF. Crescia minha minha alegria com a receptividade do projeto por celebridades culturais da Capital: o poeta Antonio Miranda (diretor da Biblioteca Nacional de Brasilia) e o editor Vitor Alegria (Editora Thesaurus) foram os primeiros de uma série. Hoje são dez poemas expost...
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