Jornalismo de mentira.
O jornalismo praticado pelos grandes veículos é tendencioso, sim. Um fato simples: vi entrevistados septuagenários e octogenários, alguns arrastando-se, fazendo questão de votar, mas não vi, na televisão ou no rádio, um eleitor sequer, que se recuse a votar, sendo mostrado, com seu arrazoado. Um programa concebido para reportar uma faceta da sociedade mostra somente aquela. Se é crime, mostra, repete, massacra-nos a sensibilidade, pragueja, desqualifica, julga o acusado. E, para ressaltar a desqualificação desse, bota acima a vítima. Na eleição, fica a impressão de reinar absoluta a nossa brasilidade; de que não há sequer um brasileiro inconformado com o quê ou como está acontecendo. Sabemos que não é assim. Significa que, ao pautar a matéria, o chefe diz: traga-me matéria contra – aquilo que ele quer provar ser ruim e traga-me muitas opiniões favoráveis – se ele quer provar que é bom. Entro num posto de combustíveis e, como tenho o costume de sair do carro, conversar com que