O que vai emergir do caos A pergunta que volta e meia emerge, levantada por voz de alguma sensatez, sim, é preocupante para quem não busca o poder por sede dele, mas busca a normalidade, distante da confusão em que estamos metidos. - Saindo a Dilma, a quem será entregue o poder? Ao Temer, ao Cunha, a quem? Faço antes outra pergunta: a quem será entregue a responsabilidade de juntar as peças, montar novamente o câmbio, engatar a marcha forte, acelerar com as mãos no volante, olhos firmes no para-brisa, o ouvido atento às ruas e uma olhada recorrente no retrovisor, tudo isso sem desligar o motor? Entregar o Brasil a quem colaborou para o caos seria, no mínimo, um ato de desespero motivado pela ausência de um nome isento, preparado, conectado com a realidade; e isso tenderia a aprofundar a crise. Como os sucessores naturais, uma vez decretado o impedimento, estão todos envolvidos com a justiça ou suspeitos de falcatruas, passamos a pensar em eleição antecipada, mas com ...